CORPO , VIDA E CONSCIÊNCIA

Deixo...às vossas reflexões:

"Anatomicamente falando,o homem é constituido de um número incalculável de células,cada qual dotada de sua individualidade,mas agrupadas de acordo com suas funções.Sabemos que, no início,essas células,hoje tão diversificadas,eram todas semelhantes e se chamavam células embrionárias.Esse foi o seu estado de maior vigor,sua era de crescimento e de vitalidade,,uma vez que ,comparáveis à criança em relação ao homem feito,possuíam certa quantidade de Força Vital que foram perdendo pouco a pouco.Enquanto umas,bravas burguesas,provieram de células ósseas,preguiçosamente fixadas a suas companheiras de função e repousando em sua incrustação de sais calcários,outras,mais ativas,formaram os tecidos contráteis,as membranas de revestimentos.Mas todas elas possuíam aquele langor,aquela calma que comprova op exercício contínuo de uma mesma função.Elas nascem, crescem e morrem sob a ação do misteriosoInconsciente que age através do Grande Simpático e transmitindo a suas descendentes a mesma quietude e regularidade.Essa é a caminhada normal da vida orgânica no estado normal.O que passa em caso de acidente súbito? 

"Um fenômeno absolutamente notável se produz.Os glóbulos brancos,os leucócitos análogos às células embrionárias,que possuem ainda muita força defensiva e construtiva,acorrem aos bandos para o ponto de ataque.Essas são verdadeiros soldados,sempre alertas.Envolvem o corpo estranho,estabelecem em torno dele um a verdadeira barreira orgânica e se opôem ao seu progresso.Ao mesmo tempo,os glóbulos vermelhos se acumulam,trazendo uma soma considerável de vitalidade àquele local.O campo de combate fica mais quente que o resto do organismo,acontece uma febre localizada acompanhada de vermelidão;em uma palavra, nasce uma inflamação.

"Quem comanda essa defesa? A consciência objetiva? A vontade? Certamente não.É a despeito da vontade,da unuência da consciência objetiva que essa admirável ação se produz; mal o homem sente por intermédio de dores vagas o trabalho que ocorre em seu dedo ferido, o Inconsciente já refez o orgão para que tenha a forma anterior; o que demonstra que existe uma memória da forma.Quem poderá vir dizer depois disso que o Inconsciente não tem inteligência?Quem pode negar a existência independente e individual dessa  forma quase que fez todos esses  milagres?Quem pode afirmarque o acaso de afinidades químicas fez tudo isso e que não há ali lugar para a intervenção de um elemento inteliogente,ainda que metafísico? Quem pode deixar de querer tiraqr algum ensinamento desse admirável fenômeno?"

PAPUS (1865-1916 )

"A vida humana não é de nenhuma forma regida por leis puramente físicas,como as que regem as substâncias orgânicas.As substâncias materiais que compõem o organismo humano, em suas conbinações vitais,não seguem as leis que estão sujeitas as substâncias materiais inanimadas.Elas sáo regidas por leis próprias e são animadas como o é o organismo de que fazem parte.Ali reina um poder onipotente,fundamental e desconhecido que para as partes componentes do corpo,suspende a ação da lei da gravidade,do movimento ou inércia,da fermentação,da putrefação,etc.,e as submete às singulares e notáveis leis da vida,vale dizer que as mantém nas condições de sensibilidade e atividade que são necessária para a preservação do organismo vivo,condições que poderiamos qualificar de espiritualmente dinâmicas.

"Como a condição do organismo e seu estado de saúde dependem unicamente do estado da  vida que o anima,segue-se que o estado alterado que denominamos doença consiste em uma condição alterada cuja origem se situa unicamente em sua sensibilidade e em suas funções vitais,independetemente dos princípios mecânicos ou químicos.Em outras palavras,a doença consiste na alteração de um estado espiritual dinâmico,em uma mudança do ser que afeta,por sua vez ,as propriedades dos componentes materiais do organismo,o que é uma consequência necessária e inevitável da modificação mórbidado ser como um todo,em cada caso individual."

Dr.CRISTIAN FRIEDRICH SAMUEL HAHNESMANN ( 1755-1843 )

Vosso irmão...