quarta-feira, 31 de julho de 2013

O GRANDE COPTA

                                """"""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""                              COM PROFUNDO AMOR E RESPEITO                               """""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""   Cagliostro


O mistério envolve os homens que passam suas vidas a serviço da humanidade e mantêm-se extremamente dedicados somente aos seus superiores. Os padrões de julgamento social e a moralidade convencional não podem ser separados de seus caracteres. O mistério que envolve Alessandro, Count di Cagliostro, foi montado por boatos e calúnias sem fundamento a uma tal extensão que, “Sua história aceita é muito bem conhecida para precisar ser repetida, e sua verdadeira história nunca foi contada”. A pesquisa conscienciosa tem dissipado as nuvens dos boatos e da difamação o suficiente para revelar à análise imparcial uma vida nobre permeada com sabedoria e envolvida pela compaixão.

“Não posso”, testemunhou Cagliostro, “falar positivamente com relação ao lugar onde nasci, nem dos pais de quem nasci”. Seus inimigos diziam que ele era José Balsamo, um famoso aventureiro e criminoso da Sicília, mas suas palavras e atos negam essa identificação. Ninguém que reconhecesse Balsamo veio a público para estabelecer a relação. De acordo com o próprio Cagliostro, ele viveu como uma criança chamada Acharat no palácio do Mufti Salahayyam em Medina. Seu governador, um Adepto Oriental chamado Althotas, disse-lhe que ele nascera de nobres pais cristãos, porém se recusou a falar mais. Referências casuais, contudo, levaram Cagliostro a acreditar que ele nascera em Malta. Althotas tratava-o como um filho e cultivava sua aptidão para as ciências, especialmente botânica e química. Cagliostro aprendeu a respeitar a religião e a lei em cada cultura e região. “Ambos nos vestimos como Maometanos e estamos externamente de acordo com a devoção do Islam, mas a verdadeira religião foi impressa em nossos corações”. Quando criança, aprendeu os idiomas árabe e orientais e também muito sobre o Egito antigo.

Aos doze anos, Althotas levou-o a Mecca, onde permaneceram por três anos. Quando Acharat encontrou o Sharif, ambos imediatamente sentiram uma forte ligação e choraram na presença um do outro. Embora passassem muito tempo juntos, o Sharif recusou-se a discutir a origem de Acharat, embora uma vez o tivesse avisado de que “se algum dia eu deixasse Mecca, estaria ameaçado com as maiores infelicidades, e acima de tudo ordenou-me cautela com a cidade de Trebizond”. A uniformidade da vida no palácio falhou em saciar a sede por conhecimento e experiência de Acharat e a tempo ele decidiu ir para o Egito com Althotas. Na hora da partida, o Sharif despediu-se dele chorando, com as palavras, “Filho infeliz da natureza, adeus”.

No Egito, ele aprendeu que as pirâmides continham segredos desconhecidos pelo turista. Foi admitido pelos sacerdotes do templo “a lugares tais, que nenhum outro viajante comum jamais havia entrado antes”. Após três anos de viagem “pelos principais reinos da África e da Ásia”, ele chegou a Rhodes em 1766, onde pegou um navio francês para Malta. Enquanto estava hospedado no palácio de Pinto, Grão Mestre de Malta, o Cavalheiro d’Aquino de Caramanica apresentou-o à ilha. “Foi aqui que eu pela primeira vez assumi o modo de vestir Europeu e com ele o nome de Conde Cagliostro”. Althotas apareceu com a roupa e a insígnia da Ordem de Malta.

“Tenho todas as razões para acreditar que o Grão Mestre Pinto estava familiarizado com minha verdadeira origem. Freqüentemente me falava do Sharif e mencionava a cidade de Trebizond, porém jamais consentiria em entrar em outros detalhes particulares sobre o assunto.”

Com base nesta referência, alguém especulou que Cagliostro era o filho do Grão Mestre Pinto e uma nobre senhora de Trebizond, mas Cagliostro, ele mesmo, jamais expressou esta opinião. Enquanto ainda em Malta, Althotas faleceu. Minutos antes de sua passagem, ele declarou a Cagliostro: “Meu filho, conserve para sempre diante de seus olhos o temor a Deus e o amor de suas pequenas criaturas; logo você estará convencido, pela experiência, de tudo aquilo que tenho lhe ensinado”.

Com a permissão relutante do Grão Mestre, Cagliostro deixou Malta na companhia do Cavalheiro d’Aquino para a Sicília, as Ilhas Gregas, e finalmente, Nápoles, o lugar natal do Cavalheiro. Enquanto o Cavalheiro se ocupava com assuntos pessoais, Cagliostro prosseguiu para Roma. Retirou-se para um apartamento para melhorar seu italiano, mas logo o cardeal Orsini solicitou sua presença e, através dele, conheceu vários cardeais e príncipes romanos.

Em 1770, com a idade de vinte e dois anos, ele conheceu e se apaixonou por Seraphina Feliciani. Embora ela fosse a dona do seu amor e devoção pelo resto de suas vidas, ela nunca foi capaz de totalmente romper com a Igreja e seria usada como “a ferramenta dos Jesuítas”. Aconteceu que a natureza de Cagliostro, boa ao extremo, e a total confiança que colocava em seus amigos foram a causa de seus desapontamentos. A generosidade de Cagliostro logo esgotou suas fontes e o casal foi desfeito quando viajavam para visitar amigos em Piemonte e Genova. Mas em julho de 1776, quando chegaram a Londres, estavam outra vez em boas situação, porém a causa de seu progresso fica, como sempre, perdida em mistério.

Eles se hospedaram e logo atraíram admiradores, ainda que ninguém tivesse certeza de onde se originavam, ou qual era seu itinerário recente. Um laboratório foi montado num aposento para estudos de Física e Química. A grande generosidade de Cagliostro levou um grupo de impostores gananciosos a tentar trapaceá-lo através de processos legais que exigiam dinheiro, acusando-o de praticar bruxaria. Esta última acusação foi retirada imediatamente, mas uma coalizão de advogados e juízes desonestos arrancaram-lhe cada centavo que puderam antes que o Conde ficasse livre de suas intrigas. Suas intenções ficaram evidentes pelo fato de que, finalmente, todos eles, de alguma forma, morreram na prisão ou foram executados por fraude, perjúrio e outros crimes. Cagliostro recusou a oportunidade de propor recursos reparatórios, mas decidiu deixar a Inglaterra.

Antes da partida, contudo, tanto ele como a condessa foram admitidos na Loja Esperança da ordem da Estrita Observância. Seu lema era “União, Silêncio, Virtude”, seu trabalho filantropia e seu estudo, ocultismo. Através desta Ordem, Cagliostro espalharia a Maçonaria Egípcia por toda a Europa. Deixando Londres em Novembro de 1777 com apenas cinqüenta guinéus, viajou para Bruxelas “onde encontrei a Providência esperando que enchesse meu bolso outra vez”. Esta é sempre a história de Cagliostro. Quando ele aparece na história, ele tem tudo, não pede nada e deixa tudo generosamente.

Veio para Hague, onde foi recebido como um Franco-maçom pela loja local da Ordem da Estrita Observância. Seu discurso sobre Maçonaria Egípcia, a mãe do puro impulso Maçônico, motivou a Loja a adotar o Rito Egípcio tanto para homens como para mulheres. A Condessa Cagliostro foi instalada como Grã-Mestra. Aqui emergiu a missão de Cagliostro de purificar, restaurar e elevar a Maçonaria ao nível de verdadeiro ocultismo. Esta tarefa comanda o centro das atenções pelo do resto de sua vida. Como suas numerosas profecias sobre grandes e pequenos assuntos indicavam, ele tinha uma visão clara da iminente arrancada da ordem social, política e religiosa da Europa. Ele antevia que somente nas Lojas unificadas os servidores dos homens sábios do Oriente poderiam, poderiam atuar junto tanto os nobres e os homens comuns em mútua lealdade aos mais altos ideais e guiar a Europa através da transição em direção a uma era iluminada.

Ao passar por Nuremberg, ele trocou sinais secretos com um Franco-Maçom, hospedando-se no mesmo hotel. Quando indagado quem era, Cagliostro desenhou num papel a serpente mordendo sua cauda. O hóspede, imediatamente, reconheceu um grande ser numa missão importante e, tirando um rico anel de diamante de sua mão, investiu-o em Cagliostro. Quando ele chegou a Leipzig, a Ordem estava preparada para homenageá-lo com um lauto banquete preparado para um dignitário visitante, mas havia chegado a época de ser colocada a Maçonaria Egípcia em sua verdadeira perspectiva. Após o jantar, Cagliostro fez um discurso sobre o sistema e seu significado. Ele convocou os Maçons reunidos para adotarem o Rito, porém a direção da Loja hesitou. Cagliostro avisou que o momento da escolha para Maçonaria havia chegado e profetizou que a vida do chefe – Herr Scieffort – estava na balança: se a Maçonaria Egípcia não fosse abraçada, Scieffort não sobreviveria durante aquele mês. Scieffort recusou a aceitar modificações em sua Loja, e cometeu suicídio poucos dias depois. Abalados e intrigados, os membros da Loja aclamaram Cagliostro, e seu nome foi ouvido pela cidade. Enquanto ele continuava a viagem, as Lojas da Ordem da Estrita Observância calorosamente lhe davam boas vindas.

Seguiu para Mittau, capital de Duchy de Courland e centro de estudos ocultos, ali chegando em março de 1791. Cagliostro explicou o significado da Maçonaria Egípcia em termos de regeneração moral da humanidade. Embora o homem tenha conhecido a natureza da deidade e o mundo, os profetas, apóstolos e padres da Igreja apropriaram-se deste conhecimento para seus próprios fins. A Maçonaria Egípcia continha as verdades que poderiam restaurar este conhecimento numa humanidade renovada. O Marechal Von Medem e sua família convidaram Cagliostro para ficar em Courland e apresentaram-no às pessoas de influência. O longo interesse de Von Medem pela alquimia logo se voltou para outros fenômenos, e ele pediu insistentemente a Cagliostro que demonstrasse os poderes que, segundo boatos, ele possuía. A princípio relutante, ele finalmente produziu uma quantidade de fenômenos, além suas curas medicinais universalmente aclamadas.

Cagliostro agora deixou que soubessem que ele era o Grande Cophta da Loja, um sucessor na linhagem de Enoch, e que ele, obedientemente, recebia ordens de “seus chefes”. Infelizmente, a vontade de apoiar a Maçonaria Egípcia alimentava-se da insaciável fome por mais fenômenos. Cagliostro mostrou seus poderes em numerosas ocasiões, mas recusava-se a ser empurrado para um mercado atacadista de milagres. E pela primeira vez ele se viu chamado de impostor, quando não atendia aos pedidos.

“O espiritismo nas mãos de um Adepto se torna magia”, H.P.Blavatsky escreveu, “pois ele é versado na arte de entremesclar as leis do Universo, sem quebrar nenhuma delas e sem por isso violar a natureza”. Ela disse que homens tais como Mesmer e Cagliostro “controlam os Espíritos, em vez de permitir que seus assuntos sejam controlados por eles; e o Espiritismo está a salvo nas suas mãos”. Mas, Cagliostro explicou, tais poderes eram para serem usados para o bem do mundo e não para a gratificação da curiosidade ociosa.

Ele decidiu ir para São Petersburg, onde foi aceito na Loja e inúmeras curas foram testemunhadas, mas não receberam com calor a idéia da Maçonaria Egípcia. Recusando-se a produzir os fenômenos, pensaram que era um curador, não um mago.

Varsóvia respondeu melhor, contudo. Lá ele encontrou o Conde Moczinski e o Príncipe Adam Poninski, que insistiu com Cagliostro para ficar em sua casa. Ele aceitou a Maçonaria Egípcia e uma grande parte da sociedade polonesa o seguiu. Dentro de um mês, uma Loja para o Rito Egípcio foi fundada. Em 1780 ele foi recebido em várias ocasiões pelo Rei Stanislaw Augustus. Descreveu o passado e predisse o futuro de uma senhora da Corte que duvidou de seus poderes. Ela, imediatamente, atestou o passado, enquanto a história provou a verdade no futuro.

Cagliostro deixou Varsóvia em 26 de junho e não foi visto até 19 de setembro, quando chegou a Strasburgo. Multidões aguardavam na Ponte de Keehl para ver sua carruagem e ele foi aclamado quando entrou na cidade. Imediatamente, começou a atender aos pobres, libertando devedores da prisão, curando os doentes e fornecendo remédios gratuitamente. Tanto os amigos quanto os inimigos concordavam que Cagliostro se recusava a receber qualquer remuneração ou benefício por seus incansáveis trabalhos. Embora a nobreza se tornasse interessada, ele se recusava a produzir fenômenos, salvo em seus próprios e estritos termos. Logo ficou íntimo do Cardeal de Rohan, para quem ele previu a hora exata da morte da Imperatriz Maria Theresa. O cardeal convidou-o a se hospedar em seu palácio e mais tarde declarou que ele havia testemunhado em várias ocasiões Cagliostro produzir ouro num vaso alquímico. “Posso dizer-lhe com certeza”, ele insistiu com uma senhora que duvidava da habilidade de Cagliostro, “que ele nunca pediu ou recebeu qualquer coisa de mim”.

O General Laborde escreveu que nos três anos que Cagliostro viveu em Strasburgo ele atendeu quinze mil pessoas doentes, das quais apenas três morreram. Sua reputação foi confirmada quando ele salvou o Marquês de Lasalle, Comandante de Strasburgo, de um caso desesperador de gangrena. Durante este período, o primo do Cardeal, Príncipe de Soubise, adoeceu em Paris. Os médicos não lhe deram nenhuma esperança de cura e o Cardeal, alarmado, suplicou a ajuda de Cagliostro. Este viajou incógnito a Paris com o Cardeal, e o Príncipe recuperou a saúde em uma semana. Somente após a cura foi sua identidade anunciada, para espanto da faculdade de medicina parisiense.

Quando estava em Strasburgo, Cagliostro recebeu a visita de Lavater, o fisiognomonista de Zurique, que indagou acerca da fonte do grande conhecimento de Cagliostro. “In verbis, in herbis, in lapidibus”, ele respondeu, sugerindo três grandes tratados de Paracelso.

Foi naquela época que Cagliostro foi tocado pela condição de pobreza de um homem chamado Sacchi e empregou-o em seu hospital. No espaço de uma semana, Cagliostro descobriu que o homem era um espião de alguns médicos invejosos e havia extorquido dinheiro de seus pacientes a fim de torná-lo desacreditado. Posto para fora do hospital, Sacchi ameaçou a vida de Cagliostro e foi imediatamente expulso de Strasburgo pelo Marquês de Lasalle. Sacchi inventou e publicou uma história difamatória na qual afirmava que Cagliostro era um filho criminoso de um cocheiro napolitano. Esse absurdo estava destinado a ser usado contra Cagliostro pelo resto de sua vida.

O Cardeal de Rohan, que havia instalado um busto de Cagliostro talhado pelo escultor Houdon em seu estúdio em Saverne, surgiu em sua defesa. Três cartas chegaram em março de 1783 da Corte de Versalhes, para o Real Baylor de Strasburgo. A primeira, do Conde de Vergennes, Ministro dos Negócios Estrangeiros, dizia: “O Sr. Di Cagliostro pede apenas por paz e segurança. A hospitalidade lhe assegura ambas. Conhecendo as inclinações naturais de V.S., estou convencido de que se apressará a cuidar para que desfrute de todos os benefícios e amenidades que ele pessoalmente merece”. A segunda veio do Marquês de Miromesnil, Guardador do Selo: “O Conde di Cagliostro tem estado comprometido ativamente no auxílio dos pobres e infelizes, e sou conhecedor de um fato notavelmente humanitário desempenhado por esse estrangeiro, que merece lhe seja garantida proteção especial”. A terceira, do Marechal de Segur, Ministro da Guerra, dizia: “O Rei encarrega V.S. que cuide não somente de que ele não seja atormentado em Strasburgo, como também que deva receber nessa cidade toda consideração totalmente merecida pelos serviços que tem prestado aos doentes e aos pobres”.

Em junho chegou uma carta de Nápoles, informando-lhe de que o Cavalheiro d'Aquino, seu companheiro em Malta, estava seriamente doente. Apressou-se a ir para Nápoles, apenas para encontrar o Cavalheiro morto. A Loja União Perfeita saudou-o com homenagens e ali ficou por vários meses, já que o governo napolitano tinha acabado de remover o banimento da Franco-Maçonaria. Bordeaux convidou-o a ir para lá, e ele decidiu assim fazer, viajando em lentas etapas.

O Conde de Saint-Martin já havia preparado terreno em Bordeaux e Lyons para instituir o Rito Retificado de Saint-Martin, que havia purificado e enobrecido a idéia da Maçonaria. O Duque de Crillon e Marechal de Mouchy pessoalmente lhe deram as boas vindas, mostrando-lhe a cidade e homenageando-o em banquetes. Os pobres afluíam até ele e eram curados. Em Bordeaux, Cagliostro teve um sonho no qual era levado a uma brilhante câmara, na qual sacerdotes egípcios e nobres Maçons estavam sentados. “Esta é a recompensa que você terá no futuro”, uma grande voz anunciou, “mas por enquanto você deve trabalhar ainda com mais diligência” Havia chegado o tempo de enraizar firmemente a Maçonaria Egípcia.

Alquier, Grão Mestre em Lyons, chefiou um grupo de delegações solicitando que ele se estabelecesse ali permanentemente. Aceito com toda a cerimônia dentro da Loja Lyons, foi convidado a fundar uma Loja para a Maçonaria Egípcia. Uma captação feita entre Maçons forneceu fundos para construírem um belo prédio, de acordo com as instruções de Cagliostro. Logo teve início a construção da Loja da Sabedoria Triunfante, a qual foi a Loja Mãe de todos os Maçons Egípcios, e a Cagliostro foi dado completo gerenciamento da Loja de Alquier.

Cagliostro instruiu seus novos discípulos a se retirarem em meditação por três horas diariamente, pois o conhecimento é adquirido pelo “preenchimento de nossos corações e mentes com a grandeza, a sabedoria e o poder da divindade, aproximando-nos dela através de nosso fervor”. Cada um deve cultivar a tolerância por todas as religiões, uma vez que existe a verdade universal em seus âmagos; segredo, porque é o poder da meditação e a chave da iniciação; e o respeito pela natureza, pois ela contém o mistério do divino. Com estas três diretrizes como base, o discípulo poderia esperar pela imortalidade espiritual e moral. A motivação que deverá estar sempre em mente é “Qui agnoscit mortem, cognoscit artem” – aquele que tem conhecimento sobre a morte, conhece a arte de dominá-la.

Tendo estabelecido a Maçonaria Egípcia sobre as firmes fundações erigidas por Saint-Martin, Cagliostro não estava destinado a testemunhar seu florescimento no grande templo para ela construído. O Cardeal de Rohan insistiu com veemência que ele viesse a Paris. A Ordem dos Philaléthes tinha organizado a Convenção Geral da Maçonaria Universal. Maçons proeminentes de todas as Lojas da Europa tinham vindo para a primeira assembléia realizada em novembro de 1784. Mesmer e Saint-Martin foram convidados. Agora era a chance para a bênção final do Rito Egípcio – “onde A Sabedoria triunfará” – fosse confirmada. Cagliostro decidiu ir em janeiro de 1785. Deixando os negócios da Loja em ordem, ele escolheu os oficiais permanentes e lembrou-lhes de seus compromissos.

“Nós, os Grandes Cophtas, fundadores e Grão Mestres da Suprema Maçonaria Egípcia em todas as quadrantes orientais e ocidentais do globo, damos ciência a todos aqueles que verão o que está aqui presente,que em nossa estada em Lyons muitos membros deste Oriente que seguem o rito ordinário, e que carregam o título de “Sabedoria”, tendo manifestado a nós seu ardente desejo de se submeterem ao nosso governo e de receberem de nós a iluminação e os poderes necessários para conhecerem e propagarem a Maçonaria em sua verdadeira forma e pureza original, atendemos aos seus pedidos, persuadidos de que, aos lhes fornecermos sinais de nossa boa vontade, conheceremos a grata satisfação de termos trabalhado para a glória do Eterno e para o bem da humanidade.”

“Em aditamento, instruímos cada um dos irmãos que andem constantemente no estreito caminho da virtude e que mostre, pela propriedade desta conduta, que conhecem e amam os preceitos e o propósito de nossa Ordem.”

Quando Cagliostro chegou a Paris, tentou viver uma vida retirada, de modo a trabalhar pela união das Ordens Maçônicas. Mas os doentes irromperam em sua casa e ele outra vez passou longas horas curando-os. Panfletos surgiram por toda Europa com um retrato do divino Cagliostro, desenhado por Bartolozzi, sob o qual se escreveram as seguintes palavras:

“Reconheçam as marcas do amigo da humanidade. Cada dia é marcado por novo benefício. Ele prolonga a vida e socorre o indigente, o prazer de ser útil é sua única recompensa.”

Cagliostro veio para auxiliar o progresso da Maçonaria Egípcia. Rapidamente fundou duas Lojas. Savalette de Langes convidou-o a se unir à Philaléthes, junto com Saint-Martin. Este último recusou, com base em que a Ordem seguia práticas espíritas, porém Cagliostro aceitou provisoriamente, e declarou sua missão:

“O desconhecido Grão Mestre da verdadeira Maçonaria lançou seus olhos sobre os Philalétheanos... Tocado pelo sincero reconhecimento de seus desejos, ele se digna estender sua mão sobre eles, e consente em conceder-lhes um raio de luz dentro da escuridão de seu templo. É o desejo do Desconhecido Grão Mestre provar a eles a existência de um Deus – a base de sua fé; a dignidade original do homem, seus poderes e destino... É por atos e fatos, pelo testemunho dos sentidos, que eles conhecerão DEUS, O HOMEM e as coisas espirituais intermediárias (princípios) existentes entre eles: dos quais a verdadeira Maçonaria dá os símbolos e indica o verdadeiro caminho. Que eles, os Philaléthes abracem as doutrinas desta verdadeira Maçonaria, submetam-se às normas de seu chefes, e adotem sua constituição. Mas, acima de tudo, que o Santuário seja purificado; saibam os Philaléthes que a luz pode apenas descer dentro do Templo da Fé (baseada no conhecimento), não dentro daquele do Ceticismo. Que se dediquem às chamas as vaidades acumuladas em seus arquivos; pois é apenas sobre as ruínas da Torre da Confusão que o Templo da Verdade pode ser erigido.”

Após infrutíferas negociações, ele enviou a seguinte mensagem:

“Saibam que não estamos trabalhando para um homem, porém para toda a humanidade. Saibam que desejamos destruir o erro – não somente um simples erro, porém todos os erros. Saibam que esta política é dirigida não contra exemplos isolados de perfídia, porém contra todo um arsenal de mentiras.”

Finalmente, após ter ficado claro que a grande Convenção não chegaria a nenhum acordo, ele enviou a última e triste carta: “Já que vocês não têm fé nas promessas do Deus Eterno ou de Seu ministro na terra, eu os abandono a vocês mesmos, e lhes digo esta verdade: não é mais minha missão ensinar-lhes. Infelizes Philaléthes, vocês semearam em vão; vocês colherão apenas ervas daninhas”. Assim, foi perdida a maior possibilidade de lançar as fundações da Fraternidade Universal à época de Cagliostro.

O restante da vida de Cagliostro é trágico. O cardeal de Rohan desejou obter um lugar na corte, porém Maria Antonieta não gostava dele. Madame de Lamotte, desconhecida da Rainha, viu uma chance para um grande ganho pessoal na frustração do Cardeal. Fazendo-se de confidente da Rainha, ela forjou cartas de Maria Antonieta para de Rohan e fingiu que levava respostas de volta a Versalhes. Finalmente ela induziu o Cardeal a comprar um ostentoso colar no valor de um milhão e seiscentos mil livres para a Rainha, colocando o valor em sua conta. Quando a primeira prestação venceu, a Rainha, que não sabia nada do negócio, não pagou e de Rohan foi forçado a honrá-lo. A batalha que se seguiu na Corte viu Madame de Lamotte defendendo-se e acusando a Rainha de trapaça e Cagliostro de roubar o colar que ela mesma havia quebrado e vendido. A Rainha ficou furiosa, e todas as partes envolvidas no caso foram encarceradas na Bastilha. Embora Cagliostro fosse completamente inocente, tanto ele como Seraphina passaram seis meses na prisão. O caso alcançou tão horríveis proporções que a velha e abusiva denúncia de Sacchi veio a público e lida contra Cagliostro, mas o Parlamento de Paris ordenou sua supressão por ser “injuriosa e caluniadora”. Finalmente Cagliostro foi declarado inocente e libertado diante de dez mil parisienses que esperavam por ele. O “Caso do Colar de Diamantes” é em geral admitido como sendo o prólogo da Revolução [francesa]. Maria Antonieta considerou a libertação de Cagliostro e do Cardeal como um ataque à sua reputação. O Rei ordenou que Cagliostro deixasse a França e afastou o Cardeal de suas atribuições.

Cagliostro viajou para a Inglaterra, porém seus inimigos, agora completamente cientes da total natureza de sua missão, viram a chance de destruí-lo. Mal havia chegado à Inglaterra quando o famoso editor do vicioso Correio da Europa o atacou. Cagliostro alojou Seraphina com o artista de Loutherbourg e viajou para a Suíça em 1787.

Seraphina juntou-se a ele na companhia de Loutherbourg imediatamente depois. A Maçonaria Egípcia era praticada por pequenos grupos em Bale e Bienne, mas não puderam apoiar o casal Cagliostro. Já que seus próprios poderes somente poderiam ser usados para os outros e não para si mesmo, e agora que os outros o rechaçavam, ele era forçado a viajar sem repouso.

Por volta de 1789 ele chegou a Roma para encontrar-se em segredo com Franco-Maçons da Loja Verdadeiros Amigos. A Igreja, porém, totalmente ciente da ameaça espiritual que Cagliostro apresentava para ela, enviou dois Jesuítas fazendo-se de convertidos para a Maçonaria Egípcia. Na ocasião em que eram admitidos à Ordem, eles convocaram a policia papal, e o casal os Cagliostro foi levado para a prisão no Castelo Santo Ângelo em 17 de dezembro. Se Seraphina se voltou contra Cagliostro ou sucumbiu por medo diante da Inquisição, não está claro. Mas seus depoimentos foram prejudiciais. Após dúzias de interrogatórios, nos quais a trama foi ameaçadoramente disposta, a Inquisição soube apenas o que todo mundo sabia: que Cagliostro era um Maçom, um herege pela sua crença de que todas as religiões são iguais, e que desprezava a intolerância religiosa. A farsa terminou em 21 de março de 1791, quando a Inquisição condenou Cagliostro à morte. Entretanto, antes de o Papa assinar a sentença, um estrangeiro apareceu no Vaticano. Dando uma palavra ao Secretário do Cardeal, foi imediatamente admitido em audiência. Após sua saída, o Papa comutou a sentença para prisão perpétua.

Seraphina foi libertada apenas para ser presa por novas acusações e internada no convento de Santa Apolônia de Trastevere. Nada mais se soube sobre ela e seu corpo nunca foi encontrado. Cagliostro foi enviado ao Castelo São Leo e colocado no topo inacessível de um rochedo. Lá ele pereceu até 1795. Uma inscrição que fez na parede de sua cela tem a data de 15 de março. Roma reportou que ele morreu em 26 de agosto.

Aqui acaba a história, mas a tradição maçônica sussurra que Cagliostro escapou da morte. Endreinek Agardi de Koloswar relatou que o Conde d’Ourches, que quando criança havia conhecido Cagliostro, jurou que o Senhor e a Senhora de Lasa, saudados em Paris em 1861, não eram ninguém menos que o Conde e a Condessa Cagliostro. Com o nascimento envolto em mistério, Cagliostro saiu desta vida também em mistério, conquanto sua existência tenha sido dedicada ao serviço da humanidade e à esperança da imortalidade espiritual.

Fonte: Levir

Vosso irmão...



V

terça-feira, 30 de julho de 2013

A VERDADE


A Verdade


por Louis-Claude de Saint Martin

A verdade não exige mais do que fazer aliança com o homem; mas ela quer que seja com o homem puro, sem nenhuma mistura com qualquer coisa que não seja fixo e eterno como ela. Quer que esse homem se purifique e se regenere continuamente e por inteiro, na fonte do fogo e na sede da unidade; quer que a terra absorva os pecados dele todos os dias, isto é, que absorva toda a sua matéria, porque este é o seu verdadeiro pecado; quer que tenha o corpo sempre pronto para a morte e os sacrifícios, a alma pronta para o exercício de todas as virtudes, o espírito pronto para entender todas as luzes e fazê-las frutificar para a glória da fonte de onde provêm; quer que se considere em todo o seu ser como um exército sempre em prontidão, prestes a marchar ao primeiro sinal; quer que tenha uma resolução e uma constância que nada possa alterar, e estando avisado de que continuando encontrará apenas sofrimento, porque o mal vai se oferecer a cada passo, que essa perspectiva não o detenha em sua marcha, e que dirija sua visão exclusivamente, para o marco que o espera ao fim do percurso. Se ela o encontra nessa disposição, aí estarão as promessas que lhe faz e os favores que lhe destina. Porque tão logo o interior do homem se lhe abre, ela é inundada por uma carga de alegria, não somente como a mãe mais terna por um Filho que não vê há muito tempo, mas como o mais augusto gênio à vista da mais sublime produção que, inicialmente, lhe parecia bisonha, estranha a seu espírito e, por assim dizer, apagada de sua memória, mas que, em seguida, lhe faz unir o amor mais vivo a essa profunda admiração, quando esse excelso gênio chega a reconhecer que essa sublime produção é um trabalho seu.

Mal a verdade vê nascer o desejo e a vontade no coração do homem, precipita-se com todos os ardores da sua Vida Divina e do seu amor. As vezes, não pede a ele mais que a privação de tudo o que é insignificante, e para esse sacrifício negativo, ela o suprirá de realidades. A primeira realidade é dar-lhe sinais de advertência e de preservação, a fim de que não tenha como Caim, razão para temer e dizer: quem me achar, me matará. Em seguida, põe sobre ele os sinais do terror, para que sua presença provoque medo e faça seus inimigos fugirem; finalmente ela o ornamenta com os sinais da glória, a fim de que possa fazer brilhar a majestade do seu mestre e receber por todos os lados as honoráveis recompensas que são devidas a um servidor fiel. É assim que ela tratará aqueles que tiverem confiança na natureza de seu ser; que não deixarem escapar a mínima centelha; que forem considerados como uma idéia fundamental ou um texto do qual a nossa vida inteira deveria ser apenas o desenvolvimento e o comentário de maneira que todos os nossos momentos serviram para explicá-lo e torná-lo mais claro, e não para obscurecê-lo, apagá-lo e lançá-lo no esquecimento, como ocorre quase sempre para a nossa infeliz posteridade.

Para nos curar, a verdade possui um medicamento real, que sentimos fisicamente quando ela julga oportuno administrá-lo a nós. Esse medicamento é composto de dois ingredientes, de acordo com nossa enfermidade, que é uma mistura do bem com o mal e que apanhamos de quem não sabe se preservar do desejo de conhecer essa ciência fatal. É um medicamento amargo, mas é o seu amargor que nos cura, porque essa parte amarga, a justiça une-se ao que há de viciado em nosso ser para lhe trazer a retificação; então, o que há de sadio e vivo em nós, se une, por sua vez, ao que há de doce no medicamento, e obtemos saúde. Enquanto essa operação medicinal não se realiza em nós, é inútil considerar-nos sadios e bem; não estamos sequer em condições de usar alimentos salutares e puros, porque nossas faculdades ainda não estão abertas para recebê-los. Dessa forma, não é suficiente para nosso restabelecimento, abster-nos de alimentos malsãos e corrompidos; é necessário que consumamos esse medicamento amargo que os ministros espirituais da sabedoria introduziu em nós, produzindo aí uma sensação dolorosa que poderíamos chamar de febre da penitência, mas que termina com a doce sensação da vida e da regeneração. As pessoas que se encontram na via da regeneração, recebem e sentem esse medicamento todas as vezes que o inimigo as tocam, para viciar qualquer coisa em seu ser. Os outros nem o recebem, nem o sentem, porque se encontram num contínuo estado de transtorno e enfermidade que não permite ao medicamento aproximar-se deles.

Mas esse medicamento é tão necessário ao nosso restabelecimento, que aqueles que não o receberam não podem comer de forma proveitosa o "pão da vida" e não se tornam "ouro puro". Enfim, ele deve moldar e trabalhar nossa alma sem descanso, sem interrupção, como o tempo trabalha constantemente todos os corpos da natureza para reconduzi-los à pureza, à simplicidade e à atividade viva dos seus princípios constitutivos. É desse modo que se abre em nós uma fonte ativa, que é alimentada e mantida pela própria vida; e é por esse meio que atingimos uma natureza de alegrias que não cessam e que estabelecem em nós antecipadamente e para sempre, o reino eterno daquele que é.

É fácil constatar que esse medicamento não deve ser confundido com as atribulações terrenas, com as doenças do corpo, com as injustiças que podemos receber de nossos semelhantes e que mantêm nossa alma na angústia. Todas essas coisas são para punir a alma ou submetê-la à provação, mas não lhe dão mais que uma sabedoria temporária; ou por outra, só podemos receber a Vida Divina por preparações de mesma ordem; e o medicamento do qual falamos é essa preparação exclusiva. Feliz é aquele que perseverar até o fim, desejando-o e aproveitando-o todas as vezes que tiver a felicidade de experimentá-lo! Constatará desse modo que o homem pode ter grandes coisas a dizer, não necessariamente ditas por ele, e que ele deve esperar que o façam dizer ou escrever.

Pois o orvalho que Deus faz descer no homem é todo composto de ações totalmente vivas, totalmente formadas, totalmente completas, como guerreiros armados dos pés à cabeça, ou como médicos poderosos, portando nas mãos a ambrosia, ou como anjos celestes todos brilhantes tanto no interior como no exterior, luzes puras e santas da vida; e o homem destinado as ser o objeto e o receptáculo de tantos benefícios percebe pela inteligência, no meio desse orvalho sagrado, a mão suprema de Deus resplandecente de glória, que quer tomá-lo como o termo dessa incomparável magnanimidade. Tanto isso é verdadeiro que a palavra divina não pode vir a nós sem criar, ao mesmo tempo, todo um mundo.

Meu Deus, bem sei que sois a vida, e que não sou digno de que vos aproximeis de mim, que não sou senão desonra, miséria e iniqüidade. Sei bem que tendes uma palavra viva, mas que as trevas espessas da minha matéria impedem que os ouvidos de minha alma a ouça. Contudo, 3 fazei entrar em mim em abundância essa palavra, para que seu peso possa contrabalançar a quantidade de vazio no qual está absorvido todo o meu ser, e que no dia do seu julgamento universal, o peso e a abundância de vossa palavra, possam me resgatar do abismo e me elevar até vossa santa morada; colocai nas diversas regiões e faculdades que me compõem, numerosos trabalhadores hábeis e vigilantes que desobstruam os canais de todas as suas imundícies e quebrem até mesmo as rochas que se opõem à circulação das águas; então a vida de vossas fontes puras e ativas em mim encherá meus rios até a borda; então criareis um mundo de espíritos em meu pensamento, um mundo de virtudes em meu coração e um mundo de poderes em minha ação, e será o todo - poderoso, o santificador universal, que sustentará, ele mesmo, todos os mundos em mim, nutrindo-os continuamente com suas próprias bênçãos.

Um segredo ao mesmo tempo imenso e terrível foi comunicado no homem de vontade, n.º 146, pag. 217. Esse segredo é que o coração do homem é a única passagem por onde a serpente venenosa eleva sua cabeça ambiciosa, e por onde seus olhos gozam de alguma luz elementar, porque sua prisão está bem abaixo da nossa.

Aqui ousamos comunicar um outro segredo não menos profundo, porém mais consolador, mais encorajador, e que serve para nos ensinar a respeitar uns aos outros, tanto no que diz respeito a santidade de nossa origem como ao caráter sublime da obra que devemos e podemos realizar sobre a terra.

Fonte: Hermanubis

 Vosso irmão...


sábado, 27 de julho de 2013

DA MISSÃO E DOS MISSIONÁRIOS





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COM PROFUNDO AMOR E RESPEITO...
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Há uma categoria de homens, que emanados sobre a terra, portam, em sua constituição elementar, a Luz; ou, melhor dizendo, a semente desta, para que seja cultivada e propagada sobre a face da terra. Eles estão presentes  em todas as culturas, sob os mais diversos e diferentes nomes. São sempre, distintos e singulares, por suas capacidades e qualidades, diferenciadas. Eis que foram encarregados por ordem do Criador, de marcar os seus menores espirituais que deviam acompanhar o triunfo da manifestação da Justiça Divina, operada pela potência do Homem-Deus e Divino, segundo sua imediata correspondência com o Criador. Estes homens pensantes, cuja missão é: amar, direcionar, encaminhar e dar sentido a vida, através de seus ensinamentos e exemplos de conduta, a toda humanidade.


Referindo-se a eles, o Maravilhoso e Divino Iniciado, Louis-Claude de Saint-Martin, nós Diz:

“Mas vós, mortais escolhidos para assim esclarecer vossos semelhantes, pesai bem todos os auxílios relativos à sua ignorância e suas superstições, pois lhes deveis isso na medida em que adquiriste por vós mesmos o direito de beber da fonte que os encerra e engendra. Se o homem se entregou à tantas ilusões de dogmas e doutrinas, afastando-se daquela fonte primordial de todas as verdades, faz-se necessário que aprendais com alegria essa mesmas verdades para demonstrar-lhes seu erro; se foi perdendo de vista a base intelectual e fundamental de todo o culto puro e vivificante que o homem mergulho no abismo das superstições, é necessário que recobreis o conhecimento físico e evidente dos objetos verdadeiros nos quais todos os outros objetos são colocados; enfim, é necessário que, após terdes vós mesmo feito a comparação, possais não somente pronunciar-vos com segurança, mas também confirmar os princípios por demostrações irrefutáveis. Sem isso, nada mais fareis que substituir o erro por outro, a superstição por outra superstição, e renovar as cenas de mentira e iniqüidade que alternadamente seduzem e ensangüentam a terra. Nem mesmo é necessário verificar se as ações que ireis esclarecer são selvagens ou civilizadas. A mesma mão que leva a Luz a todas as partes distribui a cada ser segundo a medida em que este seja suscetível. Começai por agir de modo que essa Luz não encontre obstáculos para penetrar em vós, e não tereis mais que procurar de que maneira devereis irradiá-la. Não esqueçais que não sois vós que devereis agir, mas a própria fonte que produziu vossa essência e que se reserva o direito de presidir todos os vossos atos legítimos. Ciosa de reinar sozinha sobre o pacto eterno que ela estabelece convosco é que vós reduzais, por assim dizer, a mercenários de sua Glória e que não sonheis jamais com a vossa. Se não vos sentis bastante puros e desinteressados para cumprir fielmente esse pacto Sagrado; se algumas raízes corrompidas estão ainda misturadas aos germes que devem frutificar nessa terra fértil, não tenteis levar aos homens à razão; nada mais fareis do que aumentar suas trevas e sua loucura; ao contrário, deveis abster-vos de prestar-lhes tão pernicioso serviço; eles se desgarrarão bastante do caminho sem o vosso concurso.”

Almejamos e sentenciamos para um iminente porvir, a expansão da consciência humana, onde o homem redescubra, aceite e promova a sua condição de origem Divina, restabelecendo suas faculdades inerentes, outrossim olvidadas, pelo seu afastamento e desrespeito para com as Leis do seu Criador; reverenciamos a todos os Mestres, que as expensas de muitos sacrifícios e sofrimentos, nos legaram os conhecimentos que permite-nos estar cientes de nossa condição humana e de nossa origem Divina; rendemos Graças a Luz Maior que emanou de seu seio o conhecimento que permitiu e permite vermos além, através e independentemente das trevas que  ofusca nossa visão, mas que se esvaecem diante dos ditames da Inefável e Divina luz.

“Convém que, ao estarmos despertos velemos por aqueles que estão dormindo.” É nossa missão SAGRADA, como Místicos, expandirmos conhecimentos,dando chance e oportunidade a quem padece tateando por entre as trevas da ignorância.

Vibro a todos vós um Fraterno e Inverencial Abraço !!!
 
Vosso irmão...



quinta-feira, 25 de julho de 2013

O Sufismo

O Sufismo

O Sufismo

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Por JOSÉ ENRIQUE SALCEDO   
El Sufismo
O Sufismo é um movimento místico islâmico que representa um distanciamento da aproximação legalista no Islã e tende a uma relação mais pessoal com Deus. Sublinha a importância de uma busca interior de Deus como complementar da ordenança exterior da “shariah” ou lei.
A palavra procede de “suf” (lã), porque os antigos narradores de histórias, a partir dos quais evoluiu o sufismo, usavam vestimentas de lã.
Os sufis perseguem como objetivo se perder na realidade última da divindade mediante a constante repetição do “dhikr” ou menção de Deus.
DHIKR é uma palavra árabe que significa “recordação” e se refere a prática sufi que implica na recordação de Deus, o canto dos nomes de Deus e a consciência da presença de Deus. Pode-se fazer silenciosamente ou em voz alta, só ou com outros. Para os sufis é um método de concentração espiritual esta repetição prolongada do nome de Deus. Com freqüência se utilizam ajudas como a música, um rosário, a dança e os exercícios sistemáticos de respiração. A prática está validada pelo Corão 33, 41: “Oh, crentes, recordai a Deus com freqüência e dai-lhe glória na aurora e ao anoitecer.
Para os sufis, o dhikr é o ato do próprio Deus tanto como um ato humano. É Deus que invoca a si mesmo assim como é invocado por um crente.
O Islã outorgou tradicionalmente 99 nomes a Deus. Segundo o Corão, 7,179, “a Ele pertencem os mais belos nomes”. Alguns destes se referem a essência de Deus como Alá, o nome supremo que sobressai como único e “ar-Rahman”, o Misericordioso, que é, às vezes, quase equivalente a Alá. Outros nomes referem-se às qualidades de Deus, como “ar-Rahim”, o Compassivo, e “a o-Bari”, o Produtor. Outra divisão é: por um lado, os nomes de Deus que assinalam sua beneficência e por outro, os que assinalam seu julgamento e majestade.
A maioria dos nomes de Deus é encontrada no livro sagrado; no entanto, outros têm uma derivação não corânica. O nome supremo de Alá era corrente na Arábia antes da época do Corão mas seu significado foi transformado pelo Corão. Exemplos típicos de nomes de Deus são “a o-Haqq” (a Verdade), “a o-Ahad” (o Um), “a o-Hakam” (o Juiz), “a o-Quddus (o Santo), “a o-Kabir” (o Grande), “a o-Karim” (o Generosos), “a o-Wali (o Protetor), “a o-Wadud (o Carinhoso).
Algumas vezes a palavra “dhikr” é utilizada para designar uma cerimônia sufi em geral mas se refere especialmente à invocação do Nome Divino no coração da cerimônia.
Como se pode apreciar, esta prática esotérica se corresponde estreitamente com a “recordação do Ser” e com a “Consciência Superlativa do Ser” que mantidas de instante em instante conduzem ao despertar da consciência objetiva. De tudo isso nos fala o V.M. Samael:
Sufi dansando
O mais grave na vida é esquecer de si mesmo. Assim, é necessário transformar as impressões e isto só é possível interpondo o Ser entre as diversas vibrações do mundo exterior e a mente. Quando se interpõe entre as impressões e a mente isso que se chama a Consciência, é óbvio que as impressões se transformam em Forças e Poderes de Ordem Superior.
É muito fácil interpor a Consciência entre as impressões e a mente. Para receber as impressões com a Consciência e não com a mente, só se necessita não esquecer de si mesmo num instante dado. (...) Devemos estar concentrados no Ser, para que seja o Ser, a Consciência Superlativa do Ser, a que receba as impressões e as digira corretamente. Assim se evitam as horripilantes reações que todos, uns e outros, têm ante os impactos procedentes do mundo exterior. Assim se transformam completamente as impressões e transformadas, nos desenvolvem maravilhosamente.
Porque se alguém esquece de seu próprio Ser Interior na presença de um insultador, termina insultando; se alguém esquece de si mesmo, de seu próprio Ser, na presença de uma taça de vinho, termina bêbado; se alguém esquece de si mesmo, de seu próprio Ser na presença de uma pessoa do sexo oposto, termina fornicando.
Quando alguém aprende a viver em estado de Alerta Percepção, de Alerta Novidade; quando alguém recordas de si mesmo de instante em instante, (...); quando alguém jamais esquece de si mesmo, indubitavelmente vai se tornando consciente.
Em tempos de rigorosa tentação, abatimento e desolação, alguém deve apelar à íntima recordação de si mesmo.
No fundo da cada um de nos está a Tonantzin asteca, a Stella Maris, a Ísis egípcia, Deusa Mãe, nos aguardando para sanar nosso dolorido coração.
Quando alguém dá o choque da «Recordação de Si», se produz realmente uma mudança milagrosa em todo o trabalho do corpo, de modo que as células recebam um alimento diferente”.
Recordemos que o sábio maiorquino Raimundo Lúlio (1235-1315) em seu “Livro dos Cem Nomes de Deus” estabelecia o método dos grandes mestres espirituais do Islã: o Dhikr, para pôr o místico em contato direto com sua Divindade.

INSTITUIÇÕES SUFIS

INSTITUCIONES SUFÍES- El Sufismo
O sufismo começou a ser institucionalizado cedo, quando os sufis formaram comunidades com residências onde podiam viver juntos e participarem numa tarefa educativa. Os centros sufis fundavam-se com freqüência por meio de fundos caritativos (waqí) e desenvolviam seu próprio estilo de vida.
Os primeiros grupos de sufis surgiram nos séculos VIII e IX. A escola de Bagdá realizou um ensino sistemático das etapas do misticismo através da purificação dos sentidos e do espírito. A partir do século X produziu-se um distanciamento entre a ortodoxia islâmica e o sufismo.
As instituições sufis também se empenhavam em virtudes como a humildade e o cuidado do próximo.
O V.M. Samael afirma precisamente que o sacrifício desinteressado pela humanidade é um elemento imprescindível de uma verdadeira escola de regeneração. Por este motivo, o V.M.  Sivananda assinala o ascetismo como rasgo essencial do sufismo. O devoto consagra todos os seus atos físicos, mentais e espirituais à vontade de Deus. A unidade de Deus, a fraternidade dos homens e a própria entrega ao Senhor são as doutrinas mais vitais do sufismo. Este concebe Deus com forma, ainda que reconheça também seu aspecto sem forma. O sufismo combina o êxtase e o serviço à humanidade. Sivananda destaca as eloqüentes palavras do Corão:
Nenhum homem é verdadeiro crente a não ser que deseje para seu irmão quanto desejar para si mesmo. Deus não dará seu afeto àquele homem que não der o seu próprio às suas criaturas. O preferido de Deus é aquele que faz o bem às Suas criaturas. O melhor entre os homens é aquele que acrescenta o bem da humanidade. Todas as criaturas de Deus são sua família. O mais amado por Deus é aquele que busca fazer um bem maior às Suas criaturas. Alimenta o faminto, visita o doente e libera o preso quando tiver sido injustamente encarcerado. Ajuda qualquer pessoa oprimida, seja ou não muçulmana. Ama ante tudo a seu próximo.
Qualquer homem pode atingir a libertação por meio de sua fé e de suas boas ações. (...) Aniquilai vosso ego. Servi à humanidade com sofrimento. Sacrificai vosso dinheiro, tempo e energias no serviço aos pobres e aos oprimidos. Isto sim vos proporcionará a salvação ou a liberdade.
Recordemos que dar esmola ou fazer caridade é um dos cinco pilares do islamismo.

ORDENS SUFIS

Ordenes sufies  - El Sufismo
As instituições sufis dos primeiros dias do Islã evoluíram no século XII para ordens formais conhecidas como TARIQAHS. Eram dirigidas por um líder espiritualmente dotado, conhecido como SHAYKH e incluíam membros plenos (que podiam estar ou não casados) e adeptos leigos. As principais ordens se subdividiram até chegar a ter centenas delas. Ainda que sua finalidade principal fosse incrementar a consciência mística de Deus também desempenhavam uma importante função missionária, especialmente nos limites do mundo muçulmano, em lugares como Ásia Central, a Índia, Sudão e África Ocidental.
O V.M. Samael afirma que na vocação missionária há sacrifício, e que “se não fizéssemos nada por levar a luz do conhecimento a outras pessoas, povos e línguas, cairíamos num egoísmo espiritual muito refinado, que nos impediria todo avanço interior”. Amar sem pedir nada em troca, eliminar o rancor, perdoar retamente os defeitos alheios, dar a vida pelo próximo, todo verdadeiro sacrifício é recompensado por Deus.
El sufismo- movimiento místico islámico 
 
 
Vosso irmão...

terça-feira, 14 de maio de 2013

TRATADO METÓDICO DA CIÊNCIA OCULTA

 

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 Que  a paz seja com todos !!!

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"Nosso século mostra grande progresso em relação aos anteriores, nossas descobertas ultrapassam em pujança todas as da Antiguidade, isso não só no campo industrial como também no campo filosófico,científico e social. Nossos dicionários são organizados de acordo com essa premissa, assim como nossos livros clássicos;é verdade que eles pássam rapidamente pela história da Antiguidade e que alguns velhos professores de humanidades, além de alguns arqueólogos, voltam-se para esse gênero de estudos considerados inúteis para as gerações futuras. Entretanto,se analisamos friamente essa questão,se nos damos ao trabalho de refletir um pouco, alguns comentários significativos não tardam em fazer surgir em nossa mente grandes reservas quanto à generalização que se faz do termo "Progresso".Pitágoras, Platão, e Aristóteles, embora "clássicos", ainda fariam excelente figura peranta MM,X,Y e Z, professores atuais de filosofia. Mas a filosofia faz parte dessa variedade de ocupações reservadas, como o estudo dos hieróglifos, que para certos homens, são considerados inúteis para a sociedade. É verdade que Newton ainda não encontrou seu substituto,a despeito do progresso,no que se refere a questões profundamente científicas, e os arquitetos de Notre-Dame de Paris um bom quarto de hora constatando o "progresso" alcançado na arte das construções (arte eminetemente utilitária) feitas pelos construtores da igreja do Sacré Couer ou do palácio do Trocadero, sem falar em outras realizações "monumentais" da arte conteporânea.

 

 

 

"O nascimento e a morte marcam os dois extremos de uma evolução circular formada por um período de ascensão ou de Progresso e um período de queda ou Decadência resulta  da consideração de que a Humanidade pode ter percorrido muitas vezes esse círculo e de nossa crença no progresso inevitável provém simplesmente de nossa ignorância quanto aos conhecimentos anteriores  ao nosso período histórico. Niguém ignora que os  assuntos particulares são exatamente aqules para os quais se volta o estudo dos sábios modernos, embora se apliquem à ciência modernao os progressos  reais  alcançados  numa grande quantidade de ramos especiais dos conhecimento. A falha desse conceito aparece, entretanto, quando se trata de tudo incorporar, de constituir realmente a Ciência numa síntese,abrangendo em algumas leis imutáveis a massa enorme de conheimentos detalhados acumulados há dois séculos, parece perder-se, para nossos pesquisadores, em um futuro tão distante que cada um julga que só seus descendentes poderão vê-la elevar-se no horizonte do conhecimento humano. Iremos parecer muito audaciosos ao afirmar que essa sintese já existiu, que suas leis são tão verdadeiras que se aplicam precisamente às descobertas modernas, teoricamente falando, e que os egípcios iniciados, conteporâneos de Moisés e Orfeu, a possuiam por inteiro."

 

 

Dr.GÉRARD ENCAUSSE (PAPUS)

( 1865 - 1916 )

 

Vosso irmão...


segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

MEDITAÇÃO CRIADORA



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-A PAZ SEJA COM TODOS!!!
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"Meditar ,é estar consigo mesmo;compreender-se."
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"O coração,a força central da meditação,é a inspiração.Mas como a inspiração é uma faculdade espontânea ( interpretada também como "arrebatamento" ),não poderia ser criada por comando,mas somente provocando em nós interesse ou admiração.Antes de podermos ser inspirado,é preciso então prepararmos o terreno, criarmos a disposição, tornarmos o espírito receptivo,e isso pressupõe duas condições: por um lado, alguma coisa que proporcione direção e concentração à mente, ou então um objeto visível de contemplação que seja  suficientemente atraente para prender a atração daquele que medita. A beleza da natureza ou de um poema, uma prece comovente como um cântico devocional, a lembrança ou a imagem de uma personalidade carismática ou de um ser iluminado cujo passos gostaríamos de seguir, tudo isso convida a meditação. Outros  bons elementos de preparação são a música, o incenso, flores e velas, ou ainda um ritual pelo qual essas coisas são ofertadas num templo ou diante de um altar ( como era costume em todas as famílias indianas budistas ou hindus ).Em suma, os elementos de beleza e de devoção são aquilo que mais  induz à meditação. Esses dois elementos estão reunidos nos tankhas  tibetanos, isto pode explicar om estranho fascínio que eles exercem no espírito moderno e mais particularmente nas pessoas que se interessam pelos valores espirituais e pelas práticas  de meditação.Para as pessoas de tendencia devocional, a própria prece abre caminho para a meditação; na verdade aprece, no sentido mais profundo, como "direção do coração", é uma forma de meditação.Tudo aquilo que amamos torna-se facilmente objeto de contemplação, porque não há necessidade de esforço e o indivíduo segue a tendência natural de sua cabeça e de seu coração.




"Não obstante, mesmo pesquisas intelectuais, a análise  de idéias e fenômenos de nossa vida comum e de seus problemas, pode servir como ponto de partida para nossa meditação, embora persista o perigo de permanecermos  no nível intelectual, de nos contentarmos com soluções racionais, em lugar de nos elevarmos ao nível da experiência direta, no qual o problema se dissolve. Seja como for, nos estágios iniciais  da meditação, a faculdade de pensar é tão importante quanto qualquer um dos outros fatores que intervêm no processo da meditação. Isto se evidencia nos dois primeiros fatores da mais antiga definição da meditação budista: vitarka, o pensamento inicial e vichâra, o pensamento sustentado; em outras palavras, pensar e refletir, os dois aspectos do pensamento discursivos. Isso dá direção, coerência e concentração à nossa consciência, cujo fluxo não podemos sustar mudando constantemente de pensamento, sentimento, impressão, imagem; só podemos canalizar esse fluxo, limita-lo, dirigi-lo, dando-lhe uma forte  motivação, um ponto central de interesse ou de abstração. Pensar e refletir,portanto, são apenas o começo; levam a um estado de consciência intuitivo onde termina o processo do pensamento e da reflexão, para ser então substituído por algum tipo de visão mais profunda ou de experiência  direta. O primeiro passo nesse sentido é experiência da infinidade do espaço, em que a consciência perde seus limites, a qual leva à experiência da infinidade da consciência. Essa experiência de expansão e liberdade ilimitadas conduz à realização de Shûnyata, que os primeiros textos em páli descreveram como a esfera de "não-coisidade"*(nanchâyatana). Para além disso, as palavras não podem mais descrever a experiência real daquele que medita, que é então descrito como tendo alcançado o estado de "nem percepção,nem ausência de percepção", o domínio do limite último de percepção,porque a distinção entre aquele que tem experiência e o objeto de que ele tem experiência  desapareceu; sujeito e objeto são um só,a unificação perfeita ( samâdhi ) foi realizada."




LAMA ANAGARIKA GOVINDA

( SÉCULO XX )


COM PROFUNDO AMOR E RESPEITO

VOSSO IRMÃO...












sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

AS CHAVES DO ORIENTE




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A PAZ SEJA COM TODOS
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EX ORIENT LUX !!!

(A LUZ VEM DO ORIENTE !!! " -O ORIENTE ESTÁ EM NÓS-" )




"Existe uma coisa tão grave quanto a morte:o nascimento.A Vida é o sorriso da Natureza;o Nascimento é o beijo que ela dá na alma humana.Com respeito a mulher;a presença real da Natureza nela se manifesta,Ionah,a virtude plástica da natureza,habita-a e nisto se compraz Rouah,o espírito,o amor,desce do céu para repousar e brincar em seu coração;o grande segredo da Criação lhe sorri numa criança,quando uma alma que para ela desce a fita por seus olhos.Imortal após a morte,a alma o é antes do seu nascimento.Pela Mulher,no estado social,os ancestrais reentram nas gerações.Chamado à Vida Social conforme os Mistérios do Espírito Santo e os do Pai,ou de maneira profana,o ancestral imortal,que vai se tornar a criança sujeita à morte física,vem,no tempo marcado,para onde deve vir.Durante essa evocação,que começa que começa por uma vertigem de imortalidade,segundo seu nas hierarquias psicúrgicas  a alma deixa una de suas moradas cosmogônicas e vem.Invisível, mas sensível aos corações amorosos,ela "habita"docemente a mulher que deve "habitar" e, durante nove rotações lunares,liga seus eflúvios siderais,.pelo sangue e pela alma da mãe,ao corpo terreno cuja primeira respiração vai assimilá-la.




"O Nascimento é a corporificação das almas.Preexistentes ao vosso nascimento e sobrevivereis à vossa morte.Por isso,em nome de Moisés,de Jesus e de Maomé,levantai-vos!E escutai!Saber é lembrar.Lembremos então juntos,Almas imortais que,na espécie terrestre,suspirais pelo reino celeste do ser humano e desejais o divino da vida.Essa criança é um ancestral numa efígie terrena,uma imortalidade que vem se mortificar,purificar-se na dor,aperfeiçoar-se pela provação,e buscar onde e como é preciso a expiação,a elaboração,a missão,a criação,há séculos começadas e repetidas."




SAINT-YVES D'ALVEYDRE
.
( 1842 -1909 )

Com profundo amor e respeito

Vosso irmão...



sábado, 19 de janeiro de 2013

O CICLO OCULTO DA CRIAÇÃO




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COM PROFUNDO AMOR E RESPEITO...!!!

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A vida se concentra num SOL no centro do sistema e os planetas recebem tanto mais sua influência quanto mais próximo estão dele e quanto menos materiais são,assim como o SOL recebe uma influência tanto mais ativa quanto mais próximo se encontra do Princípio de Vida de onde emanou.É então que a força ativa predomina definitivamente sobre a força passiva,pois os planetas são agrupados ao redor do centro preponderante:nasce o ser vivo que é chamado de Mundo;ele é organizado e lentamente evolui para a Unidade de que partiu.Em cada um dos planetas se repete,identicamente,a lei que deu nascimento ao Mundo.O SOL atua com relação aos planetas como UNIDADE-VIDA atuava com relação ao SOL.O planeta é tanto mais material quanto maior é a sua distância dele.Inicialmente em ignição,depois gasoso,depois líquido, algumas aglomerações sólidas surgem do seio dessa massa líquida:nascem os continentes.Depois começa a evolução do planeta para o seu SOL e a vida planetária se organiza.Aqui a força ativa o impele ainda para a força material,passiva.As produções que vão nascer no planeta seguirão as mesmas fases que este seguiu com relação ao SOL.Os continentes ao se solidificarem,condensam em seu seio a força em ignição que formava primitivamente o planeta.Essa Força Vital solar,atua sobre a Terra,e os rudimentos vitais se desenvolvem,constituindo os metais mais inferiores.



"Assim como um Mundo evolui para a vida do seu Universo criando-se uma alma,conjunto formado por todas as almas planetárias nele contidas,assim também cada planeta evolui para a alma do seu mundo criando sua alma planetária,conjunto formado pelas almas que esse planeta contém.A vida progride igualmente através do vegetal e,alguns milhares de anos depois ,surge a mais elevada produção do continente:o ser humano,que representa o SOL da animalidade, como o ouro representava o SOL da mineralidade.A lei progressiva vai se encontrar novamente no ser humano,como em todo o resto da natureza.Retrocedamos no tempo e lembremos que no momento do nascimento de um MUNDO  outros já existiam e haviam cumprido em graus diferentes sua evolução para o Universo.De modo que havia Mundos mais ou menos antigos.Também há idades diferentes nos planetas e diferentes idades em suas produções.Quando um planeta está evoluindo pela primeira vez rumo ao primeiro vestígio do reino mineral,um outro,mais antigo em suas produções vitais,já evoluiu para o primeiro reino animal e um outro,mais antigo ainda,já evoluiu para o primeiro reino do ser humano.Assim como há planetas de várias idades,também há continentes  mais ou menos antigos num mesmo planeta.Cada continente é coroado por uma raça de homens,assim como cada mundo é coroado por um SOL."



GÉRARD ENCAUSSE( PAPUS)

( 1865 - 1916 )  


 Vosso irmão...


segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

DIÁLOGO COM O MESTRE

 

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A PAZ SEJA COM TODOS
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Estando a travar um diálogo com meu mestre,inquiri-lhe:
Mestre ,o que eu sou?  
                                             
"Ó filho,és antes de tudo,uma emanação da Divina Vontade Criadora,para dar continuidade e sustentação a esta Vontade de Criação."
"Assim como todas as coisas são criadas por prescrição e união..."

Há um Deus?

" Ó filho,se pedes uma forma para teu entendimento,eu vô-lo digo não há.A vontade é Deus! Veja :a vontade humana criou Deus, a sua imagem e semelhança,para satisfazer-lhes as aspirações.O universo é Deus-assim como uma bactéria o É.Tudo é Deus, pois, em assim sendo,Deus é Tudo."
"O que está em baixo,é com o que está em cima...


O universo teve começo ?

" O universo,como tudo que há,é originado da vontade de criação, que permanece em cada ser criado.Esta vontade,é o núcleo de cada partícula,cada átomo existente-sutil ou grosseiro-que irradia a sua volta e em seu meio existencial,novas formas e novos seres,dando continuidade a vontade primordial.A transmutação da forma não é o fim da vida,pois se a forma transmuta,a sua essência permanece a mesma.
O pensamento cria; a emanação  do pensamento,gera a forma."


"Para que se cumpra as maravilhas de uma coisa...


Então, Mestre, nós somos Deus ?
"Somos, a Vontade,a Energia do Pensamento Divino Criador,Emanação Sustentadora da Criação.Somos o raio necessário para a propagação da Luz;somos,a escuridão necessária,para a percepção da Luz;somos , o vácuo,onde o verbo da vontade se propaga;somos o verbo propagado no vácuo;somos o que cria;somos a criação.Por isso,a necessidade de amarmo-nos,uns aos outros.Somos indispensáveis,uns aos outros,para a continuidade e, a harmonia da criação.
Somos Deus em nossa essência e sua emanação em nossa forma."

"Seu pai é o Sol,sua Mãe é a lua...

Então,Mestre,o que é da separação entre nós?

" Se não tivesse teus olhos,a ver-me como Mestre,não teria,também,meus olhos a ver-te como discípulo.Ambos,somos ,o mesmo ser,a mesma vontade criando-nos mutuamente,a todo instante,para dar sentido e significado a obra da criação.Esta aparente separação,é para que eu contemple, a beleza existente em todas as formas criadoras emanadas da Criação Primordial,e a reverencie.Como devo reverencias,ao Divino que em ti habita e, vê-me como mestre,quando em verdade,em verdade mestre sois todos vós, condutores e,propagadores da Semente da DIVINA CRIAÇÃO."

"O que eu disse a respeito do trabalho do sol,está cumprido."

Fiquei,deverasmente,emocionado com estas palavras.Acordei... ainda sob o efeito enebriante ,deste diálogo,juntei as mãos em atitude de prece,com lágrimas em meus olhos,agradeci... silenciosamente.


Com profundo amor e respeito
Vosso irmão...



quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

A EVOLUÇÃO OCULTA DA HUMANIDADE




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-QUE  A PAZ SEJA COM TODOS !!! " 
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"A vida evolui por etapas.Ela inicialmente constroi formas na matéria hiperfísica,e então a chamamos de vida elementar.Depois,utilizando a experiência construtora que assim adquiriu,ela "anima" os elementos químicos, transformando-se então em alma-grupo mineral.Em seguida ela forma o protoplasma,anima as formas vegetais,e mais tarde as formas animais. No estágio seguinte,nós a encontramos no homem,na atividade de edificar indivíduos capazes de pensar e de amar,de sacrificar-se e ter idealismo, pois "o humilde,ao se esforçar por tornar-se um homem,gravita por cada uma das espirais da forma". Mas o homem não é o último elo da cadeia.



"Para bem compreendermos todo o processo cósmico que vai do átomo ao homem,há um elemento que devemos levar em consideração.Embora a matéria evolua do homogêneo para o hetereogêneo,do de indefinido para o definido, do simples para o complexo, a vida não evolui da mesma forma.A evolução da matéria é uma reorganização;a evolução da vida é uma libertação e um desabrochar.De um modo incopreensível para nós,na primeira célula de matéria viva encontravam-se Shakespeare e Beethoven.Possivelmente são necessários milhões de anos para que a natureza reorganize a substância,durante os quais a seleção continua.até que seja encontrada a agregação conveniente e que Shakespeare e Beethoven possam sair do seio da natureza para desempenhar seus papéis numa cena de seu drama.Entretanto, no decorrer desses milhões de anos,a vida guardou misteriosamente esses gênios em seu seio.Em sua evolução, a vida não recebe,ela dá;pois atras dela,formando seu coração e sua alma, há alguma coisa ainda maior:uma consciência.Na plenitude de seu Poder,de seu Amor e de sua Beleza,que são imensos,essa Consciência dotou a primeira parcela de vida de tudo que ela é.Assim como para um ponto invisível podem convergir todos os raios luminosos que emanam do panorama grandioso oferecido por uma cadeia de montanhas,assim cada germe de vida é o lar dessa existência sem limites.



"Como já mencionamos,a vida humana,em seus estágios anteriores,foi vida animal, vida vegetal,vida mineral e vida elemental.Contudo,uma parte dessa mesma vida mineral é desviada para um outro canal,passa através de formas vegetais,amimais,depois através de formas de"consciência da natureza" (as fadas da tradição) para chegar aos Anjos ou Devas.Existe uma outra corrente paralela, da qual pouco se sabe,a da vida das células,com as fases precedendo e seguindo esses estágio.Também existe,provavelmente,uma corrente de vida  distinta que passa pelos elétrons,os íons e os elementos químicos.Ainda outros tipos de evolução existem em nosso planeta,mas a insuficiencia de informações a seu respeito nós obriga a deixa-pos de lado."



C. JINARAJADASA

( SÉCULO XX )


Vosso irmão...







sábado, 15 de dezembro de 2012

O ETERNO RENASCER




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QUE A PAZ SEJA COM TODOS !!!
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"O espírito jamais nasceu!
Jamais deixará de existir!Jamais houve tempo e que deixou de ser,
pricípio e fim são sonho no sentir.
O espírito permanece sempre sem nascer e sem morrer.
A morte jamais o tocou,
embora possa parecer
morta a casa em que habitou.


Não! Simplesmente como alguem que tira
uma roupa usada e joga além
e ao vestir outra,diz ;
hoje,esta veste eu vou usar.
Assim também,o Espírito põe à margem
uma transitória e carnal roupagem 
e prossegue,para então herdar
outra mora,outro novo lar!"

Sir Edwin Arnold



"Breves foram meus dias entre vós,e mais breve ainda as palavras que pronunciei.
Mas se minha voz cessa em vossos ouvidos,e se meu amor se apaga
em vossa lembrança,eis que retornarei,
E com um coração mais rico e lábios
mais submissos,ao espírito falarei.
Sim ,voltarei com a maré,
E mesmo que a morte me oculte,que o maior dos silêncios me 
envolva,procurarei de novo vossa compreensão...
Não esqueçais que voltarei para vós...
Um breve instante,e meu desejo recolherá o pó e a espuma para
um outro corpo.
Um breve instante,um momento de repouso no vento,e uma
Outra mulher me trará ao mundo."

Khalil Gibran



"Vossos  filhos não são vossos filhos.
São filhos e filhas do chamameno da Vida a si mesma.
Eles vêm através de vós mas não são de vós.
E embora estejam convosco,não vos pertencem.



Podeis dar-lhes o vosso amor mas não os vossos pensamentos,
pois eles têm seus próprios pensamentos.
Podeis acolher seus corpos mas não suas almas,
pois suas almas habitam a morada do amanhã,que não podeis visitar
nem mesmo em vossos sonhos.
Podeis tentar ser como eles,mas não tenteis torna-los como vós.
Pois a vida não caminha para trás,nem se retarda com odia de onten.



Sois o arco pelo qual vossos filhos,como flechas vivas,são projetados.
O Arqueiro vê o alvo no caminho do infinito e vos transmite Sua
potência para que Suas flechas voem céleres e para longe.
Que vossa tensão pela mão do Arqueiro seja para a alegria;
Pois assim como Ele ama a flecha que voa,ama o arco que permanece firme."


Khalil Gibran

(  1883 - 1926  )

Com profundo amor e respeito
Vosso irmão...


quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

DA CRIAÇÃO E DA ORIGEM DO HOMEM


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Desejando todo  amor,toda paz e,toda luz aos

 meus queridos Irmãos. 

-A paz se faça em cada ser,em cada criatura !!! 

Minhas saudações...

Minhas reverências...

Minha gratidão...


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"Deus tirou o corpo com que formou o homem da substância que ele criou a partir do nada .Essa substância é um extrato de todas as criaturas do céu  e da terra,exatamente como ele extraiu a alma de Si Mesmo.Por exemplo,o homem é feito de carne e sangue e,afora isso,de uma alma que é o homem,muito mais sutil que esses últimos.Assim foi extraído de todas as criaturas,de todos os elementos,de todas as estrelas do céu e da terra,de todas as propriedades ,essências e naturezas,o que era mais sutil e mais excelente em tudo,e isso unido numa só massa.Foi dessa massa que ,depois,o homem foi criado.Segue-se que o homem é agora um microcosmo,ou um pequeno mundo,porque é um extrato de todas as estrelas  e todos os planetas do firmamento inteiro,da terra e dos elementos;ele é, portanto,a sua quintessência.Os quatros elementos são o mundo universal,e é deles que o homem é constituído.Em número, ele é então o quinto,ou seja,o quinto ou a quintessência,além dos quatros elementos de que foi extraído como um núcleo. 


Mas,entre o macrocosmo e o microcosmo,ocorre a diferença de que a forma,a imagem,a espécie e a substância do homem se diversificaram de sua origem.No homem,a terra é a carne,a água é o sangue,o fogo é o calor e o ar é o bálsamo.Estas propriedades não foram modificadas,mas somente a substância do corpo.Assim,o homem é homem e não um mundo;é no entanto feito desse mundo,mas criado à semelhança,não do mundo,mas de Deus.O homem tem não obstante,em si mesmo,todas as qualidades do mundo.Por isso as Escrituras dizem,com razão,que somos pó e cinza e que isto voltaremos a ser;em outras palavras,embora o homem seja verdadeiramente feito a imagem de Deus,seja feito de carne e sangue,e não como o mundo,porém,mais do que ,nem por isso há nele menos de terra,de pó e de cinza,E ele deve penetrar seu coração,se não quer sofrer ao se deixar extraviar por sua aparência;deve pensar no que foi,no que é agora e no que será depois". 


PARACELSO 

 ( 1493 - 1541 ) 

 

Com profundo amor  

Vosso irmão...


                                                                            

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

APLICAÇÃO DOS FLORAIS DE BACH



                            
  
 
                                         O médico Edward Bach nós legou,conforme sua pesquisa,38 florais distribuidos em sete grupos que ele mesmo classificou para facilitar a identificação das essências  quando da 
composição de cada fórmula.               
 
 
 
PARA OS QUE SENTEM MEDO
 
ROCK ROSE----terror /pânico
MIMULUS----medos definidos de toda espécie / timidez
CHERRY PLUM----medo de perder a razão e o controle emocional / compulsão
ASPEN----medos  indefinidos / maus pressetimentos / ansiedade inexplicável
RED CHESTNUT----medo que aconteça algo ruim com aqueles que amamos.
 
 

PARA OS QUE SENTEM INDECISÃO

CERATO----indecisos / não confiam na própria decisão
SCLERANTHUS----indecisão entre duas coisas ou situações
GENTIAN----desânimo / pessimismo
GORSE----sem esperança / perderam a fé
HORNBEAM----sensação de "segunda de manhã" / preguiça
WILD OAT----incerteza sobre direção,missão ou o seu propósito de vida.
 
 

FALTA DE INTERESSE NAS CIRCUNSTÂNCIAS ATUAIS

CLEMATIS----desligados / desatentos / sonhadores / vivem no futuro
HONEYSUCKLE----vivem presos no passado
WILD ROSE----resignação e apatia / se conformam com tudo / renderam-se
OLIVE----sem vitalidade / sem forças para nada / tudo é um esforço enorme 
WHITE CHESTNUT----pensamentos compulsivos e repetitivos / insônia
MUSTARD----depressão / melancolia / tristeza profunda
CHESTNUT BUD----não aprendem com a experiência / repetem os mesmos erros.
 

PARA A SOLIDÃO

WATER VIOLET----reservados e fechados em suas relações / isolamento
IMPATIENS----impaciência / ritmo acelarado / ansiedade
HEATHER----egocêntrico / preocupado consigo mesmo.
 
 
 
PARA SENSIBILIDADE EXCESSIVA A INFLUÊNCIAS E OPINIÕES
 
AGRIMONY----ansiedade / escondem suas preocupações brincando
CENTAURY----dificuldade de dizer não / vontade fraca e submissão
WALNUT----dificuldades diante de mudanças / influenciável
HOLLY----raiva / odio / ciúme possessivo
 
 

PARA O DESALENTO E DESESPERO

LARCH----falta de confiança em sua capacidade / inseguras
PINE----sentimentos de culpa / estão sempre se reprovando
ELM----sentem-se sobrecarregados pelas obrigações imposta pela vida
SWEET CHESTNUT----angústia insuportável / desespero profundo
STAR OF BETHLEHEM----para choques e traumas do presente ou do passado
WILLOW----mágoas e ressentimentos
OAK----ignoram seus limites trabalhando além da conta
CRAB APPLE----auto-estima / limpeza interna e externa.
 
 

EXCESSIVA PREOCUPAÇÃO COM O BEM-ESTAR DOS OUTROS

CHICORY----possessividade / amor condicional / ciúmes e apego
VERVAIN----donos da verdade / querem convencer os demais com suas idéias rígidas
VINE----dominadores / arrogantes / orgulhosos / inflexíveis
BEECH----intolerância com os demais / críticos
ROCK WATER----rígidos e severos consigo mesmos / perfeccionistas
 

EDWARD BACH
( 1886 - 1936 )
  
Com profundo amor e respeito
Vosso irmão...